segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Se meu rio corresse para a política

Caso me envolvesse numa campanha política, teria a seguinte meta: Moralidade no trato com a coisa pública. E o que isso representa? Simples, aliás me parece que é muito simples ser um bom político nos dias de hoje, basta agir com lisura, honestidade e intenção de realizar algo para a população como um todo. Isso me parece básico, elementar, mas como sabemos os interesses pessoais e corporativos há muito suplantaram os interesses dos eleitores, estes por sua vez entregam seu voto como se fosse uma camiseta velha.

Não! Acredito que esta forma de fazer política deva renascer, aquela figura que entra na Câmara ou na Assembléia pensadno em como melhorar a cidade, o Estado ou o país em que vive. Melhorar a condição de vida dos que tem a condição de vida carente de melhorias. Me parece dantesco (para não dizer hediondo, como parece que se tornará o crime de corrupção) alguém assumir um cargo público e buscar com isso somente benefícios para a sua vida privada, além da remuneração, já generosa em demasia, recebida através de um alto sálario, verbas para gabinete, carro funcional e sei lá mais o quê.

Mas não só de voto correto e cabeça erguida que viveria na figura de um funcionário público deste porte. Faria um levantamento do que precisa ser feito ou aprovado (no caso do legislativo) com relação a Educação e a Cultura, áreas que ao meu ver são indispensáveis para que saiamos desta condição precária de terceiro mundo, a médio e longo prazo, áreas que resolvem uma sociedade na raiz e preservam sua essência. Assuntos estes que conheço, pois fui professor e ainda transitei (e transitarei muito) pelo caminho editorial e da produção literária.

Outra coisa que faria é um diário, sem nomes, sem denúncias sensacionalistas, mas um diário que explicitasse o modus operandi da vida pública atual, como e quais os caminhos (eprincipalmente os obstáculos e obstruções) que um sujeito bem intencionado com a coisa pública enfrenta e de que forma a corrupção se apodera de todos e envolve qualquer um que se aproxima de uma vida pública, como um poltergeist de atração irresistível.

Mas para fugir um pouco da rotina massacrante e envolvida nas águas sujas desta inexplorada e indecifrável cadeia de corrupção, iria me inconformar um pouco, buscando semanalmente participar de ações junto à periferia, mapeando o que de substancial se precisaria fazer para tornar a vida daquelas pessoas mais digna, menos revoltante e deprimente, de que forma os tiraria do "nada a perder" indo para o "algo a conquistar" (promoção de obras limpas, ações culturais, adaptação de aparelhos públicos e estímulo áreas de convivência). Com esse levantamento em mãos iria buscar junta a iniciativa privada o interesse no desenvolvimento destas obras e ações e no setor público a facilitação para que elas ocorram com toda lisura.

Eu votaria em mim de cabeça erguida se meu rio corresse para a política. Sem presunção mas com esperança de que apareça assim um candidato com o perfil descrito acima em que possa votar como se fosse em mim. Aliás, esta é uma boa forma de se escolher o candidado, ele poderia ser eu? Se poderia ser voto em mim na pessoa dele, e vou cobrar-me dia-a-dia este voto dado.

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